O Convento de Cristo , histórico monumento na cidade de Tomar (freguesia de S.Joao Baptista), classificado pela UNESCO como Património Mundial, pertenceu à
Ordem dos Templários. Fundado em
1162 pelo Grão-Mestre dos Templários, dom
Gualdim Pais, o
Convento de Cristo ainda conserva recordações desses
monges cavaleiros e dos herdeiros do seu cargo, a
Ordem de Cristo, os quais fizeram deste edifício a sua sede. Sob
Infante D. Henrique o Navegador, Mestre da ordem desde
1418, foram construídos
claustros entre a
Charola e a
fortaleza dos Templários, mas as maiores modificações verificam-se no reinado de
D. João III (
1521-
1557).
Arquitectos como
João de Castilho e
Diogo de Arruda procuraram exprimir o poder da Ordem construindo a
igreja e os claustros com ricos floreados
manuelinos que atingiram o máximo esplendor na janela da fachada
ocidental.
Claustro do Cemitério
Este Claustro foi o primeiro a ser construído, a mando do Infante D. Henrique.
O Claustro do Cemitério destinava-se a ser panteão dos religiosos e cavaleiros da Ordem de Cristo.
Quanto á sua arquitectura é composto por uma galeria abobadada e arcos ogivais que assentam em colunas duplas de fuste liso e capitéis decorados com motivos vegetalistas, nas suas galerias encontra-se o túmulo manuelino de D. Diogo da Gama.
O núcleo do
mosteiro é a
Charola do
século XII, o
Oratório dos Templários. Tal como em muitos dos seus
templos, baseia-se na
Rotunda do Santo Sepulcro de
Jerusalém, adaptada pelo
Infante D. Henrique. Em
1356,
Tomar passou a ser a sede da
Ordem de Cristo em
Portugal, e a decoração da Charola reflecte a riqueza da Ordem. As pinturas e frescos (quase só cenas
bíblicas do
século XVI) e a estatuária dourada sob a
cúpula bizantina, foram cuidadosamente restauradas. Quando foi construída a igreja manuelina, esta ficou ligada à Charola por uma arcada.
CLAUSTRO DE D. JOÃO III:
Obra prima do Renascimento europeu, este claustro, concluído em 1562 , foi projectado por Diogo de Torralva :
A janela do Capítulo do Convento, mais tarde imitada para o
Palácio da Pena, foi encomendada por
D. Manuel I e desenhada por
Diogo de Arruda. É o mais conhecido exemplo de
arquitectura manuelina, ilustrativo do
naturalismo exótico e do uso de pormenores marítimos